segunda-feira, abril 15, 2019

De visita à cidade Silves

Algumas fotos da cidade de Silves com o seu castelo com origem árabe e toda a sua envolvência, onde não falta história a visitar e a tomar conhecimento de quem foram as civilizações que nos visitaram e por cá deixaram a sua marca, desde os povos primitivos, aos povos das antigas civilizações até aos mais recentes como os romanos, árabes e posteriormente as civilizações cristãs, com todas as vicissitudes dessa colonização.









O Museu de Arqueologia é também um local a visitar em complemento com o castelo.









terça-feira, março 05, 2019

Ruínas romanas de Milreu - Estói

Em 2018 tive o privilégio de visitar a Villa Romana de Estói, deixo-vos aqui algo que vos pode aguçar o desejo de realizarem uma visita ao campo arqueológico que desenterrou para a luz do dia a história  do império romano no nosso país.
A Villa Romana de Milreu, em Estói, fica a 8 km de Faro, revela uma ocupação contínua desde o século I até ao século XI. O conhecimento da investigação arqueológica e histórica revela-nos que terá sido habitada por famílias de elevado estatuto e social e politico, onde eram proporcionadas as necessidades não só de um quotidiano rural, mas também de uma vida lúdica e cultural.   

Ainda hoje conservado está também um edifício religioso ricamente decorado, erguido no século IV.
A riqueza desta villa rústica está patente no importante volume de achados arqueológicos, como mosaicos de temática predominantemente marinha, revestimentos marmóreos e cerâmicos diversos, estuques pintados e escultura decorativa.

A arqueologia deixou a descoberto inúmeras ruínas dos muitos edifícios que compossessor a Villa Romana de Milreu.
Vemos ao fundo o edifício de culto, onde a matriz são os peixes e por complemento o mar com toda a sua vida.

Existe também um edifício de construção recente que na actualidade foi desventrado e nos mostra arqueológicamente a existência de como era a habitação residencial da Villa Romana.
Seguem-se algumas imagens do seu interior.
No zona de exploração arqueológica são inúmeras as ruínas com os seus mosaicos com imagens de peixes, como o deste tanque presumivelmente de banhos.
Com as suas caldeiras para banhos quentes.

Por último dar a informação de que na entrada do edifício de apoio existe uma informação temática sobre a villa romana.
Uma visita recomendada em qualquer altura do ano.
Fiquem bem.

segunda-feira, maio 02, 2016

Elvas - Praça forte da raia portuguesa

Em meados de Março foi altura de visitar Elvas, praça forte da raia desde sempre.
Rezam os estudos históricos e arqueológicos de que por cá andaram Cartagineses, Romanos, Alanos e Suevos, entre outros, mas os que primeiro parecem ter chegado á Lusitânia de clima ameno foram os Helvios oriundos da Gália Céltica, um milénio antes de Cristo.

Uma das muitas entradas, situada junto ao paiol da Conceição, que têm sobre ela a Capela da Conceição.
O escudo do reino de Portugal datado de  1718 numa das portas de armas do TREM onde formava batalhão Caçadores 8
Ruina das ruinas do Convento de S. Paulo
O TREM de Elvas
Vista do Castelo de Elvas. Obra de fortificação islâmica, reconstruido nos séc. XIII e XIV, tomando só no séc. XVI o aspecto actual
Vista do Aqueduto da Amoreira, onde correu água pela primeira vez em 1622.
O Forte da Graça, foto realizada das muralhas de Elvas.
Este forte serviu muitas vezes ao longo da sua existência como prião militar e, não só, também como presídio politico.
Bom! Lá fomos depois de almoçarmos uma "comidinha" regional, visitar o recuperado Forte da Graça.
A entrada.
Depois de passarmos o primeiro fosso.
Uma vista do interior.
Uma recordação de quando a tropa por aqui andava, em companhia dos presos militares que aqui cumpriam pena.
E, que tinham como castigo, o castigo do barril, que consistia em descer o monte com um barril vazio, encher metade e depois levá-lo ás costas monte a cima, e despejá-lo na cisterna ali existente. 
A maqueta feita com fósforos, realização de um nativo de Elvas.
Foto tirada de desntro do fosso exterior da zona nobre do forte, capela e habitação do comandante do forte.
Imagens do imponente do Aqueduto da Amoreira

Igreja do Convento de S. Domingos datado de 1267.
Exterior do museu militar de Elvas no antigo Regimento de Infantaria, situado no Convento e nos Claustros do Convento de S. Domingos.
Igreja da Misericórdia.
A Praça da República com a Igreja da Sé lá ao fundo.
Este foi só um post que tem como finalidade mostrar, não tudo por ser impossível, mas despertar em quem ler o desejo de fazer uma visita a uma cidade que desperta em quem a visita o desejo de lá voltar.
Fiquem bem.

sábado, fevereiro 21, 2015

Real Alto da Ajuda

Hoje trago-vos aqui um pequeno passeio por um dos bairros mais antigos de Lisboa, com a particularidade de entre 1852 e 1885 ter sido um Município, a Câmara Municipal de Belém.
O passeio começa onde outrora,após o terramoto de 1 de Setembro de 1755, o rei D. José I, dada a sua fobia provocada pelo dito terramoto, criou em viver dentro de palácios de pedra, decidiu levantar aqui neste terreiro o que ficou conhecido pelo Paço de Madeira ou a Real Barraca, uma estrutura em madeira com toda a sumptuosidade para uma família real viver.
Por aqui foi mais tarde erguido o Palácio Nacional da Ajuda, o sempre inacabado palácio por dificuldades financeiras. 
A Torre do Galo, uma torre cineira com 4 relógios, faria parte de uma igreja que serviu, ou mesmo já existiria antes do terramoto de 1755, o culto aos senhores que habitavam a Real Barraca.

Torre do Galo


 Palácio Nacional da Ajuda



 Calçada da Ajuda

Na Calçada da Ajuda existe o primeiro jardim botânico de Portugal, o Jardim Botânico da Ajuda.

Em plena Calçada da Ajuda surge-nos um dos muitos pátios alfacinhas, o Pátio do Bonfim oriundo do século XVIII e propriedade a partir de 1840 do Conde do Bonfim.


Chafariz de pedra com tanque circular tendo como caracteristica duas bicas opostas onde se encontram inscritas a negro as palavras Povo e Bica do Povo, sendo este último onde os águadeiros enchiam os barris que levavam ao ombra pelas ruas para venderem o precioso líquido.A outra bica era onde os locais se abasteciam.
 Largo do Município de Belém

Na Igreja da Memória mandada construir pelo Marquês de Pombal como agradecimento pela protecção divina a D. José I aquando da tentativa de regicidio em 1785, 3 de Setembro, dando mais tarde origem ao processo dos Távoras e á decapitação de muitos fidalgos contrários ao Marquês de Pombal.
Encontra-se nesta igreja a urna com os restos mortais do Marquês de Pombal, Sebastião José de Carvalho e Melo

 Igreja da Memória ou Igreja de Nossa Senhora do Livramento e de São José

Chafariz da Memória, construido em cantaria de calcário lioz, de 1850, ostentando em duas faces inscrições a negro Aguadeiros e Povo, local onde tal como no Chafariz do município o povo e os águadeiros se abasteciam de água potável, estes últimos calcorreavam as ruas com o barril cheio de água que vendiam aos transeuntes.

 Largo do Chafariz da Memória




O antigo Regimento de Cavalaria 7, de onde saiu o Brigadeiro Junqueira dos Reis que no 25 de Abril de 1974 tentou na rua do Arsenal fazer frente a Salgueiro Maia. Hoje é onde se encontram aquarteladas as forças de intervenção da PSP.
 Antigo Regimento de Cavalaria 7

Mais a cima encontra-se o Regimento de Lanceiros 2, criado em 7 de Fevereiro de 1833, com o nome de Regimento de Lanceiros da Rainha, atualmente designa-se como um regimento de policia do exercito, e não como anteriormente como corpo de policia militar por ter sido criada a força de Policia Militar em 1953.
 Regimento de Lançeiros 2


Carro de combate Centauro Mk I 24-28 TON 5,7cm na porta de armas do Regimento de Lanceiros de Lisboa 



 M5A1 Stuart, Carro de combate (CC) ligeiro de 15 Ton., fabricado em Detroit/EUA,

Em 1762 o Marquês de Pombal convida o Conde de Lippe, de nacionalidade alemã, a reorganizar o exercito português, tendo este instalado-se no Quartel do Conde Lippe, na Ajuda, mais tarde esteve lá instalado a Direção de Comunicações e Sistemas de Informação DGCI e o Depósito Geral de Adidos, local onde se apresentavam os militares que em rendição individual eram mobilizados para a Guerra Colonial.

 Antigo quartel do Quadro Geral de Adidos, na Calçada da Ajuda Belém Lisboa

 Igreja e antigo Convento da Boa Hora, e actual Hospital Militar de Belém

Passamos também pelo Pátio Alfacinha, um memorial aos muitos pátios lisboetas. Onde se encontram expostos os muitos recantos pitorescos da Lisboa popular. Aqui estão recriadas a taberna, a casa popular, o salão de festas, a mercearia, a padaria, etc.. 

Pátio Alfacinha 


E terminamos na famosa Torre do Galo, que outrora serviu de encosto á igreja que servia de culto á Real Barraca onde a corte de D. José vivia.
 Torre do Galo 

Isto é somente um pequeno aperitivo para aflorar a gula por uma visita a um bairro, o da Ajuda, onde passei o meu tempo de tropa (1974/75), e que revivi num destes dias passados.
Já agora almocem por lá e visitem o Jardim Botânico e o Palácio da Ajuda.
Fiquem bem.